A catarata é a opacidade (embaçamento) do cristalino cuja principal função é fornecer nitidez à visão e funciona como uma espécie de lente. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a catarata é responsável por 51% dos casos de cegueira no mundo, acometendo principalmente pessoas com mais de 50 anos.
Embora a doença esteja relacionada ao processo natural do envelhecimento, ocasionalmente algumas crianças podem nascer com a condição, ou a catarata pode se desenvolver depois de lesões, inflamações e outras doenças oculares.
Conheça os diferentes tipos de catarata:
Catarata Senil: responsável por 90% dos casos. Acontece devido ao processo natural do envelhecimento, que causa a opacidade do cristalino.
Catarata Congênita: alguns bebês nascem com catarata devido a doenças como rubéola, toxoplasmose quando a mãe tem a infecção na gestação ou por herança genética.
Catarata Traumática: o olho é muito sensível, portanto agressões, quedas e acidentes com batida do olho podem levar a um quadro de catarata.
Catarata Metabólica: a doença pode surgir como uma consequência de outras enfermidades como diabetes, colesterol alto, doenças do fígado ou distúrbios hormonais.
Catarata Medicamentosa: medicamentos podem ocasionar o surgimento da catarata, como é o caso dos corticoides.
Catarata Inflamatória: quando o olho é atingido por outra complicação, como uma inflamação intraocular, a pessoa corre o risco de desenvolver a catarata.
Sintomas
Nas fases iniciais, a doença pode não ser percebida facilmente pelos seus portadores. No entanto, com o passar do tempo, a visão começa a ficar embacada e prejudicada, principalmente no que diz respeito à nitidez. Existe uma reducao da visao, maior sensibilidade à luz em alguns casos, espalhamento dos reflexos ao redor das luzes e percepção que as cores estão desbotadas. Geralmente, há alterações contínuas da refração (grau dos óculos).
Diagnóstico
Caso o paciente apresente alguns dos sintomas, o oftalmologista poderá realizar exames específicos como o teste de acuidade visual, o exame com lâmpada de fenda, o exame da retina (mapeamento de retina) e o exame de pressão ocular.
Tratamento
Felizmente, a catarata pode ser revertida por meio de tratamento cirúrgico. Com o avanço da medicina oftalmológica, e quando realizada por cirurgiões especialistas nesse tipo de cirurgia, a cirurgia para remover a catarata é rápida, feita com anestesia local, sem necessidade de internação e com recuperação visual rápida. O objetivo da técnica é remover o cristalino danificado e substituí-lo por uma lente artificial, que irá realizar a função perdida.
Prevenção
Não há como evitar a predisposição genética e nem o envelhecimento do cristalino, no entanto, existem algumas ações que podem diminuir o risco de desenvolvimento da catarata. São elas:
– Evitar o tabagismo
– Proteger os olhos dos raios ultravioletas com o uso de óculos
– Evitar traumas
– Controlar o diabetes
– Evitar o uso de corticoides
Além disso, é muito importante visitas regulares ao oftalmologista, principalmente depois dos 50 anos de idade, já que a evolução da catarata é lenta e quanto mais cedo for detectada melhor será a qualidade de vida do paciente.
