Entenda mais sobre a cirurgia da catarata

De acordo com Organização Mundial de Saúde (OMS) a catarata é responsável por 47,8% dos casos de cegueira no mundo, acometendo principalmente a população idosa. Mas, a boa notícia é que o a doença, quando diagnosticada, pode ser revertida por meio de uma cirurgia. Por isso, é importante realizar avaliações anuais com o oftalmologista, principalmente após os 50 anos.

Como é feita a cirurgia
O procedimento cirúrgico da catarata é o mais realizado na oftalmologia e o que mais evoluiu nas últimas décadas. Ele consiste na remoção da lente natural opaca do olho (chamada cristalino) e substituição por uma lente artificial transparente, chamada de lente intraocular.

A anestesia é local podendo ser realizada somente com gotas anestésicas, ou através da injeção de pequena quantidade de anestésico local na região inferior da órbita. Geralmente, o paciente também é sedado levemente para que tenha um maior conforto durante a realização do procedimento.

Existem riscos?
A taxa de sucesso da cirurgia de catarata desde que realizada por cirurgiões especializados nessa área é muito alta e o tempo cirúrgico e a recuperação costumam ser rápidos. Apesar disso, é uma cirurgia extremamente delicada e minuciosa, que exige habilidades extremas por parte do cirurgião para que o sucesso seja alcançado. Além disso, a tecnologia atual também contribui para a redução dos riscos.

A saúde geral e ocular do paciente, assim como sua história familiar, são fatores que influenciam diretamente no resultado cirúrgico. Além disso, é fundamental que o paciente siga as orientações pré e pós-operatórias de seu oftalmologista para diminuir os riscos.

Qual é o momento certo para operar?

Antigamente, quando a técnica cirúrgica ainda não havia evoluído, existia um consenso médico de indicar a cirurgia somente quando a catarata estivesse muito evoluída e em estagio extremamente avançado (“madura”), pois o procedimento era mais invasivo e sua recuperação mais prolongada, com maiores riscos para o paciente.

Nos dias de hoje, com o surgimento da técnica facoemulsificação (fragmentação em pequenos pedaços da catarata), os especialistas aconselham que se evite que a catarata chegue a um estado muito avançado, pois sua rigidez dificultará a fragmentação e aspiração, aumentando o risco de complicações cirúrgicas e o tempo de recuperação do pós-operatório. A cirurgia está indicada, portanto, assim que estiver dificultando as atividades do dia a dia da pessoa (por exemplo: ler, costurar, andar sozinho, dirigir). A presença de catarata tem sido associada a um risco maior dos idosos terem quedas e provocarem acidentes automobilísticos pela deficiência visual.

A cirurgia também poderá ser indicada em determinadas circunstâncias, com a finalidade de evitar complicações decorrentes da presença do cristalino doente, opaco e/ou de volume aumentado, ou ainda para possibilitar a avaliação e tratamento de doenças da retina e do nervo óptico (por exemplo em portadores de diabetes, glaucoma)

O resultado da cirurgia é bom?
Sim. Quando a cirurgia é indicada no momento correto e na ausência de outras doenças oculares, a recuperação é total, ou seja, a visão é 100% restabelecida.

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